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quinta-feira, 8 de março de 2012

FRANCISCO PORTELA

Oeiras, antiga capital da Capitania e da Província do Piauí, tem sido berço de homens célebres, cientistas, jornalistas, juristas, parlamentares, historiadores, romancistas, poetas, estadistas, ontem como hoje. Continua a sede cívica do Piauí, rica de tradições, do passado que orgulha e enobrece.

Em Oeiras, em 1833, nasceu Francisco Portela. Médico pela Faculdade do Rio de Janeiro, estabeleceu-se na cidade fluminense de Campos, onde clinicou muitos anos. Fundador e presidente do Instituto Médico. Primeiro governador do Estado do Rio de Janeiro nomeado por Deodoro da Fonseca. Acusado de conspiração em 1892, foi preso com a queda de Deodoro e a subida de Floriano Peixoto ao poder.

Portela redigiu o MONITOR CAMPISTA, preocupando-se com questões políticas, sociais e econômicas. Escreveu compêndio de Filosofia. Publicou trabalhos sobre contágio nas moléstias. Deputado federal em 1909, reeleito até 1912, quando renunciou e assumiu cadeira no Senado, vaga com a morte de Quintino Bocaiúva.

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Foram agitados os primeiros anos republicanos no Estado do Rio. A grande luta fixou-se com a denominação de REVOLUÇÃO PORTELA. Elementos exaltados pegaram em armas, concentrados em Parnaíba do Sul, onde levantaram quartel general com ramificações em vários municípios e forçaram a queda de governador Portela, o 88º chefe do Executivo fluminense.

Francisco Portela era filho de João Antônio Vaz Portela e Luíza Pereira de Carvalho. Foi vereador da Câmara de Campos e deputado da Assembléia Provincial fluminense.

A Assembléia Constituinte do Estado do Rio, a 11 de maio de 1891, elegeu-o como primeiro governador constitucional, renunciando ao mandato em virtude das lutas republicanas em que se envolveram Deodoro e Floriano.


A. Tito Filho, 09/05/1992, Jornal O Dia

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