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quinta-feira, 1 de março de 2012

ADELMAR ROCHA

Se vivo estivesse, Adelmar Soares da Rocha teria completado, a primeiro de janeiro de 1992, CEM ANOS de idade.

Nasceu em Aparecida, hoje Bertolínia (PI), a 1-1-1892. Pais: Bertolino Alves da Rocha. Faleceu no Rio de Janeiro (11-1-1973). Médico, trabalhou nos Estados do Maranhão, Piauí, São Paulo e Mato Grosso. Ingressou no Exército, como 2º tenente médico, em 1921, chegando ao generalato. Exerceu vários comandos, chefias e comissões. Diretor do Hospital Militar de Bagé (RS). Membro da Comissão Organizadora da filial da Cruz Vermelha de Campo Grande (MT). Diretor do Hospital de Campo Grande. Supervisor da Junta de Seleção do Contingente da Força Expedicionária Brasileira (II Guerra Mundial). Revolucionário em 1924, esteve exilado na Bolívia. Participou da Aliança Liberal (1930). Esteve fiel ao governo na revolução de são Paulo (1932). Deputado federal pelo Piauí em 1934 e no período de 1946 a 1951. Neste último mandato, como constituinte, apresentou emenda, transferindo as Fazendas Nacionais para o patrimônio do Piauí, com o nome de Fazendas Estaduais. Era detentor de várias condecorações por relevantes serviços prestados ao país. Conferencista culto, deixou numerosos trabalhos, de alto valor literário e histórico, entre os quais "Caxias como símbolo da grandeza militar da pátria e "Taunay". Grande orador parlamentar. Edgard Alfredo Guimarães: "... em cada um dos seus poemas palpitam, sonoras e emocionais, as vibrações dos seus nervos...". Remígio Fernandes: "... a arte foi a preocupação dominante, preocupação que se fez amargura e obsessão".

O acadêmico Edgard Nogueira, em 1973, no discurso de posse na Casa de Lucídio Freitas, escreveu esta notável opinião sobre o poeta: "... cantor da solidão, dos quadros da natureza, da infância, das paisagens, de Deus, da família; e de suas desilusões da vida, aquí e alí impregnado de sensualidade - triste quase sempre, quase sempre revoltado, buscando consolo nas flores, na esperança, no luar, nos astros e nos sonhos, na luz, no amor".


A. Tito Filho, 04/02/1992, Jornal O Dia

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